domingo, 24 de julho de 2022

Encontrar-se

Chegam dias que não sabemos mais quem somos.

Nossas mentes são violentamente prostituídas,

Violentadas, humilhadas, escravizadas e remuneradas.

No outro dia acordamos, lavamos o rosto, passamos batom e parafusamos um sorriso.

Corrida pela sobrevivência - sobre a vida sem vivência.

Chegam raros dias em que os cafetões me esquecem.

Já não sei mais quem sou, o que eu gosto ou o que quero fazer.

- Me perdi nos personagens, na eterna dança de morrer.

As vezes eu encontro fragmentos de mim:

Um livro que ainda não li,

Uma foto que há muito não via,

Uma música que há muito não ouvia.

Mas logo o tempo passa, e o circo se reabre.

Espero que dê tempo de comprar minha liberdade.

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