terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Sobre ventos e desvaneios

Não me faz mal,
sentir assim tão desolado,
Assim tão normal,
tão apagado.

Me faz mal,
sentir que desperdiço palavras,
que não servem praticamente pra nada.
Mas que ainda guardo com estima.

Assim como recitar versos de amor,
a uma prostituta.
Assim como sentar-se em um bar,
e falar de paixões e amores.

Elas e eles são têm mais semelhança,
do que julga qualquer vã filosofia.
Quem me entender elas, me entenderá eles.
Não sou difícil de entender,
Sou difícil de explicar.

Contudo, são palavras que nunca serão ouvidas,
Nunca atingem nenhum coração,
Mas que formam meu rebanho,
Nesse pasto-imensidão.

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