domingo, 25 de novembro de 2012

Cor Branca pálida

Sinto falta de todas tuas cores,
De todos seus sons.
De todo teu tato, paladar, olfato.

E todas suas cores misturadas, unidas,
como se passassem por um prisma,
em sua única cor branca, pálida.

E me sinto um bobo quando estou com você,
porque não há nada que você não saiba.
Nem conselho que eu não acate.
Nenhuma palavra que você me derrama,
É desperdiçada - aproveito todas.

Sua música, quando quer ficar sozinha,
e ainda me é companhia alegre.
Seu toque é o domínio, o exorcismo dos meus demônios.
Sua presença me faz inteiro, de alguma forma.

Aceite meus pedidos de perdão,
e minhas promessas de ser melhor.
Porque embora eu ainda erre novamente,
saiba que estou mudando todos dias para ser o melhor para você.




Tum-tum, Tic-Tac

Bate, contraí e desamaça,
Na sequência de tic-tacs de relógio,
No descompasso da dança de um bêbado,
Desamaça, embrulha e desembrulha.

Tum-tum, tic-tac.
Tic-tum, tum-tac.
Tum-tic, tum-tac,
tic-tac, tum-tum.

Se arrasta no sapato da rapariga,
e se amassa ao pisar dos passos.
Segue a dança e o movimento,
e se colore de vermelho.
Vermelho de lábio trêmulo,
de pétala de rosa falsa,
de vinho barato,
de sangue vivo.

Bate, desembrulha e amassa,
No escuro que ninguém vê,
Na fluidez do cigarro em fumaça,
Tum-tum, tic-tac.