sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Versos errantes

Quando meu caos chega ao fim,
fico perdido na calmaria.
Acabo pensando em mim,
E nas filosofias de padaria.

Defino cores para histórias,
Sons para imagens na parede,
Apoiando-me em sutis escórias,
Comendo para matar a sede.

Porque não me satisfaço?
Se ontem mesmo queria ouro,
Agora que o tenho, quero o aço!
Se tenho lã, quero o couro.

Se tenho verde, quero vermelho.
Quando tive livros, quiz televisão.
Quando tiver um cão, terei um coelho.
Quero a moça do meu coração.

Complexos algoritmos pensantes,
Exorcizando demônios em versos rimados,
Versos insones, fúteis e errantes.
Sentimentos secos, sentimentos molhados.

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