Hoje percebo que em mim correm rios,
Tantos, muitos deles subterrâneos.
Existe um riachinho, um dos primeiros,
Que corre triste, melancólico.
Tem rios de águas claras e rios de águas escuras.
Rios límpidos e rios que já foram poluídos.
O que mais me incomoda são os rios enterrados,
Os rios canalizados e represados.
Estes rios, que somem de vista,
Mas que não deixam de correr.
Se eu fico em silêncio, consigo ouvi-los.
Eles cantam e ecoam por dentro.
Imploram para fluírem, destruindo casas,
Vilarejos e cidades inteiras.
Quem errou? O rio ou o humano que o ignorou?
E o que fazer agora?
Desmorono nesta questão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário