terça-feira, 28 de outubro de 2008

Espelhos



Já não sei onde estou,
Nessa sala de espelhos.
Não dá para saber quem sou,
Com tantos clones semelhos.

Olho para o outro,
e vejo meus olhos com inocência.
São provas silenciosas
de que continua a essência.

Mudo de corpo a cada momento,
Escolho qual me satisfaz.
Com tantas alternativas sem escolhas,
a decisão é fugaz.

Quando entrares na sala especular,
Tenha consigo uma pedra-sorriso,
É tudo que basta para me quebrar.

Nenhum comentário: