Tem cor do melado das canas,
Mãos duras com pétreos calos,
Nos pés, um par de havaianas.
Roupas limpas de panos ralos.
Os olhos perdidos em problemas,
Tão tristes, sem alegria.
Máquinas, humanos em algemas.
Não tem sentido, nem primazia.
Dependendendo de boas vontades,
Seguem seus dias na melancolia.
O que fizeram com suas liberdades?
Pintaram-na num quadro outro dia.
Trabalho, suor, contas, e o amanhã.
Jardineiro, Cozinheiro e Caminhoneiro,
Essa é a vida quase vã,
Da profissão Brasileiro.
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