sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Papel

Que estado de espírito estranho,
incoveniente atormenta o corpo,
Quando diante do papel em branco,
Preparo para despejar palavras,
- Não menos incovenientes.

Sabe um segredo?
Poeta não chora.
Não ri de verdade.
Não vive o agora,
Não sente saudade.
Apenas ama.
O resto é fingimento.
Maldito fingidor.
Não finge porque quer.
Pra mim, soa castigo.

Tudo que sente precisa ir para o papel.
Senão enche o peito.
Desespero.
Não pode chorar ou sorrir pra aliviar.
Escreve.
Escravo.
Escritor.

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