Cá eu e meus botões...
E agora você, que me lê.
Ando pensando muito.
De tanto pensar e de pouco agir.
Aliás, penso porque não ajo.
Queria que o passado ressurgisse,
das cinzas que o vento levou,
e a terra engoliu.
Mas de passado, quem vive é museu.
É isso que me angustia,
me crucifica lentamente.
A incerteza do futuro.
Tenho mania de criptografar,
de desmachar em um quebra-cabeça,
os meus sentimentos.
Queria que alguém entendesse.
O teatro continua,
mas e se eu não estiver na platéia?
E se ninguém mais assistir a peça?
O teatro continua?
Queria respostas,
para as minhas equações da vida.
Soluções, conjuntos verdade.
Mas vejo que pra cada incógnita,
obtenho mais uma equação.
E assim prossegue.
Queria apenas ser como todos são.
E não esse ser estranho, que não sabe nem mesmo falar sobre si mesmo.
Que madruga buscando palavras para amenizar dores,
e escrevendo textos que ninguém entende, e quase ninguém lê.
A diferença entre o louco e o são,
é apenas o crédito, ou o descrédito de forma inversa.
O louco diz o que quer e ninguém dá atenção,
O são se auto-flagela engolindo palavras para não ser taxado de louco.
É isso que eu queria escrever.
Mais como um desabafo mesmo.
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