terça-feira, 12 de agosto de 2008

Refúgio

Procuro um lugar só meu
- Mas também pode ser seu.
Até porquê já cansei de encarar minha amiga.
- Muito imprudente, ela.
Quero um lugar com água, céu e brisa,
- Um pouco de música não faz mal.
Quero a ignorância e a simplicidade
- Saber cansa, e para viver precisa saber.
Quero também um par de asas,
- Para aproveitar o céu que eu desejo.
Quero um coração limpo e sincero
- Ou que tente ser sincero ao me amar.
Quero a desorganização,
- Um tanto arte, um tanto destruição.
Quero, quero. Quero?
Posso, posso. Posso?

São apenas palavras jogadas,
Psicografadas de um coração "morto".
Mas que insiste em bater,
No débil instinto de viver.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Flechas

Uma palavra proferida jamais volta atrás,
Diz um provérbio.
Um palavra pró-ferida qual uma flecha,
usada para dilacerar a carne,
Fica sempre perdida no que os físicos
poderiam nomear de tempo-espaço;
- e que eu nomeio de lembrança.
Porém qual a flecha, existe o remédio,
o remédio que cura a dor, que cicatriza o corte.
Uma palavra assim, potencializada pelo arrependimento,
tem mil vezes o valor da palavra-flecha.
A palavra doce e amiga,
que flui não flui apenas dos lábios,
mas de dentro do peito.

domingo, 3 de agosto de 2008

"Ame, pois, a vida."

E ele seguia assim...
O mundo por si só já bastava.
Para qualquer dor,
existe uma anestesia.

Para uns, o vício,
Para outros, a poesia.

Assim munido,
as feridas cicatrizam.
A dor passa.
E as marcas se eternizam.

Quando o vento trocar as páginas do livro,
E roçar nossas faces, levando com ele, a juventude,
Quando o sorriso vigoroso se tornar uma curva deformada,
E nossas mãos trêmulas demais para segurar uma caneta,
e não conseguir rascunhar um papel.

Me perguntarão o que fiz da vida.
Responderei, singelamente.
A Amei.