domingo, 27 de abril de 2008

Fim

A festa acabou,
A Luz apagou,
O riso se foi,
A música parou.

O bar se despede da noite,
o último bebum sai pela rua a cantar a vida,
A vida não parou.
Não parou...

domingo, 13 de abril de 2008

Um tributo à Hipocrisia



Houveram dias, em que a hipocrisia e a falsidade,
Eram tidas como pecado, defeito ou heresia.
Pois agora as trago como uma outra "verdade",
Agora dedico a elas a minha poesia.

Penso o que seria do mundo,
Se as pessoas dissessem o que sentem.
Tocando o coração no seu ponto mais profundo,
Sem que palavras doces e confortantes inventem.

As mulheres se agarrariam em lutas despenteadas.
A verdade as machucam assim como uma lâmina ardente.
Os homens se acabariam em brigas embriagadas,
A justiça para eles é: mandíbula por dente.

Suponho que se salvariam do caos dilacerante,
As crianças que são puras, verdadeiras e inocentes,
Pois ainda não foram corrompidas pela mentira estonteante,
E podem exibir em seus rostos a alegria sorridente.

Salve a Hipocrisia, Salve a Mentira e a Falsidade!
Pois são como o tóxico veneno da cobra traiçoeira,
Que em doses pequenas podem ser a cura e tranqüilidade,
Para qualquer dor que seja causada pela "verdade-verdadeira".

Alex

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Sopro



Já não há mais vento, meu caro catavento.
Contente-se com o sopro, ou então com o vendaval.
Ventos doces, vivem agora em seu pensamento,
Agora é tudo forçado, ou forte. Nada é mais natural.

Ouvi dizer que os ventos passados, não retornam.
Os ventos voam para longe, para lugares distantes,
Dizem que os mares atravessam, que montanhas contornam.
Tocam sinos, movem moinhos, carregam suspiros dos amantes.

Mas o que não entendo catavento, meu amigo,
É o motivo dos ventos irem embora, assim tão de repente,
Será que não escutam meus pedidos? Eles brincam comigo.

São os ventos calmos que movem sua alegria,
São eles que te inspiram a querer viver,
São eles que te fazem vivo a cada dia.

Alex