sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Tormenta

Essa noite eu perdi o sono,
Já perdi a vontade de dormir.
Encontrei minha tormenta,
meu ponto de desequilíbrio.

Hoje perdi a cabeça,
Até perdi a linha de pensamento.
Encontrei o meu ditúrbio,
O meu lado desconhecido.

Agora perco minha rimas,
métricas, e outras baboseiras literárias.
Porque quando eu me perco,
Eu felizmente encontro você.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Regras

Leia jornais. Leia Machado de Assis.
Seja legal. Seja meu amigo.
Ouça o que o mais velho diz.
Revolucione esse mundo antigo.

Não pise descalço no chão.
Não abra a geladeira depois do banho.
Sal e gordura fazem mal ao coração.
Não converse com um estranho.

Na ferida, use Mertiolate.
Não perca média. Estude, trabalhe.
Cão que morde, dizem que não late.
Se não for ajudar, não atrapalhe.

Case quando tiver certeza de amar.
Ame quando tiver certeza de que irá para a Igreja.
Tenha poucos filhos, para o dinheiro poder sobrar.
Se ama seus filhos, bendito seja!

A vida e suas regras inerentes,
Para aqueles que alguma regra "quebra",
Tolos! Só seguiram regras diferentes,
Mas que nem por isso deixaram de ser regras.

domingo, 4 de outubro de 2009

Chuvas de Verão


Das coisas que disse,
Numa época que se foi.
Quero o esquecimento.
Não porque foram em vão,
nem mesmo porque são tristes.
É que agora, gosto de chuvas de verão.

A certeza de que a chuva passa,
logo mais tem sol.
E amanhã, choverá de novo.

Quero sujar meu tênis velho,
e meu jeans desbotado.
Quero ir (sujo) à bailes de gala,
Quero dançar com as "damas" impecáveis,
Recitar meus versos desprezíveis.
Tocar uma música em um violão,
Pisar nas poças de água,
Roubar rosas.
E jogá-las fora.
- Na sua janela.

E encontrar minha paz,
Meus momentos de criança,
e sem dúvida, de loucura.
Sentar e digitar palavras.
- apagar algumas.
Beber coca-cola.
Ouvir Guns.
Pensar em tudo que fiz,
e dormir.

Esperar amanhã a próxima chuva.
E quando terminar,
encontrar meu pedacinho de céu.