Hoje vaguei pelas ruas,
Soprei versos como orações.
Resmunguei sentimentos em cochichos.
Me culpei, para depois me perdoar.
Paguei uma bebida a um moribundo.
Escutei seus problemas, joguei cartas.
Depois enchi meu saco, fui embora.
Procurei uma lua no céu nublado.
Suspirei o ar quente da madrugada.
Cumprimentei acenos das prostituas.
Tentei me provar que elas eram boas moças.
Ingênuo.
Tentei dormir, em vão.
Rabisquei papéis, abri a geladeira.
Me embebedei - com coca-cola.
Seria tão mais fácil a vida,
Tão mais simples e menos confusa,
Se você estivesse comigo.
Não preciso de troféus.
Nunca precisei. Nunca os tive.
E nem procuro os ter.
Sou simples, por isso tão complexo.
Talvez por isso, eu esteja aqui.
Escrevendo assuntos íntimos.
Mas que nem por isso, secretos.
Troféus... Ah! Como são dispensáveis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário