Chegam dias que não sabemos mais quem somos.
Nossas mentes são violentamente prostituídas,
Violentadas, humilhadas, escravizadas e remuneradas.
No outro dia acordamos, lavamos o rosto, passamos batom e parafusamos um sorriso.
Corrida pela sobrevivência - sobre a vida sem vivência.
Chegam raros dias em que os cafetões me esquecem.
Já não sei mais quem sou, o que eu gosto ou o que quero fazer.
- Me perdi nos personagens, na eterna dança de morrer.
As vezes eu encontro fragmentos de mim:
Um livro que ainda não li,
Uma foto que há muito não via,
Uma música que há muito não ouvia.
Mas logo o tempo passa, e o circo se reabre.
Espero que dê tempo de comprar minha liberdade.