O que dói é ao mesmo tempo aquilo que conforta,
Saber que tudo tem um ciclo, um fim, e também um novo início.
Dói saber que acabou, e que amanhã ao despertar, estaremos seguindo nossas vidas.
Dói saber que amanhã seguiremos em caminhos diferentes,
Caminhos que podem nunca mais se cruzar, e nos afastar cada vez mais.
Dói saber que todos teremos muitos amanhãs, e muitos caminhos, e que estaremos cada vez mais longe.
A dor tem o sabor do mar, em gotas amargas de lágrimas fugidas de um olho que já foi cúmplice de muitos projetos juntos, de muitas coisas erradas que estão a salvo em segredos, de muitos momentos felizes e de momentos que doeram desatinadamente.
Em todos esses momentos, se valeram apena, foi porque estávamos juntos. Foi porque de algum modo, tivemos pessoas que fizeram o coração bater mais feliz, e em sincronia.
O fim, quando chega, marca a alma com uma cicatriz dolorida que se chama saudade. Uma cicatriz que ficará debaixo das nossas roupas do dia-a-dia, mas que nos momentos em que tivermos tempo para encontrar a nós mesmos, em reflexão, nos lembrará de todos momentos que passamos juntos.
Momentos tão doces como as nuvens de algodão no céu, que se evanescem com um sopro de vento...
A pior dor do mundo, é a certeza de que o tempo não volta mais. É sentir-se prisioneiro do presente. É saber que quanto mais se deseja voltar ao passado, mais se é arrastado para o futuro. É involuntário, é violento.
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