domingo, 1 de novembro de 2009

Auto retrato

Já fui água morna,
em tempo de luar.
Hoje sou pedra rija,
rocha dura de quebrar.

Não há nada que me aflinja,
Nada que possa me assustar.
Já chorei e escrevi lamentos,
Já pequei em palavras,
gestos e pensamentos.

Então me pus a orar,
na tentativa de ser perdoado,
pelas coisas ruins que não fiz.
Havia esperança de ser abençoado.

Penso que já amei com intensidade,
Senti (todos os tipos de) sentimentos.
Mas dizem que ainda não estou na idade,
Para tais nostálgicos momentos.

Mas é que hoje não sinto.
Meus versos fingem meus sentimentos.
Luz de velas e vinho tinto,
São coisas de cabeças de vento.

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