Pedaço de rocha preso ao mar,
banhado ao sal das lágrimas lunares,
atormentado por nômades correntezas,
passageiras, efêmeras, perpétuas.
Pedaço de rocha onipotente,
Vigoroso ao pôr-do-sol,
Solitário às constelações distantes,
Imóvel, rígido, impenetrável.
Seria a lua também um pedaço de rocha?
Porque choras com tanto amargor?
Um dia a rocha torna-se o mar.
Um dia a lua entrega-se ao amor.