terça-feira, 13 de julho de 2010

Vinho

Me enfastiei de vinho.
Me cansei das conversas,
das novas tendências,
das outras pessoas.
Não suporto levianidades,
não discuto moda,
não tenho interesse em saber
como foi a sua última festa.
Não me soma, saber seu somatório.
Quantos pontos fez na prova,
Com quantos transou na última noite,
ou quantos dias faltam para sua próxima viagem.
Não me sento a mesa para beber cerveja,
com quem já provou que não partilha minhas revoluções.
Na falta de companhia, beberei sozinho.
Antes só do que mal acompanhado.
E chega de vinho!

Desejo me manter longe de tudo isso.
De tudo que pareça superficial,
De tudo isso que é transitório.
De tudo que dure de um segundo a mil anos.

Tenho minhas loucuras, note: minhas.
São minhas, não faço questão que as acate.
Sempre confiei e investi nestas,
e raras vezes fiquei na mão.