De repente tudo paira no ar,
Tudo flutua imerso na poeira.
O peixe, o barco e o mar.
Todos perdidos na cegueira.
Antes a pressão dos pulmões.
Agora o vácuo (ideal).
Sem vibrações, sem cores, sem som.
Sem enfeites na árvore de Natal.
E tudo perde a razão,
- Não que algo faça sentido.
Mas ouvir o coração,
e amar o que está perdido.
E que ódio tenho do amor!
Que não me deixa uma brecha pro entendimento.
Que só existe, quando existe dor.
Quando razão, é enlouquecimento.
sábado, 25 de dezembro de 2010
domingo, 5 de dezembro de 2010
Correndo na chuva
Hoje saí na chuva.
E a chuva saiu em mim.
Lavou o peito,
choveu meus olhos.
Hoje corri na rua.
Senti as pernas, e o meu sangue.
Senti o ar invadindo meus pulmões,
Senti vida.
Eu que não sinto.
Eu que não choro.
Eu tenho medo da dor.
Mas a chuva não machuca.
E na chuva correndo,
percebi que eu estou no mundo.
E que o mundo está em mim.
Na chuva, vivendo.
- Para Camila
E a chuva saiu em mim.
Lavou o peito,
choveu meus olhos.
Hoje corri na rua.
Senti as pernas, e o meu sangue.
Senti o ar invadindo meus pulmões,
Senti vida.
Eu que não sinto.
Eu que não choro.
Eu tenho medo da dor.
Mas a chuva não machuca.
E na chuva correndo,
percebi que eu estou no mundo.
E que o mundo está em mim.
Na chuva, vivendo.
- Para Camila
domingo, 17 de outubro de 2010
Vento
Toda tempestade um dia termina.
E o vento que soprava teus cabelos,
Louvando-os como rainha,
Um dia cessa.
E os cata ventos param de girar.
E tudo que era movimento,
um dia para.
Por isso cuidado meu bem!
Porque um dia se é rei e rainha,
no outro servo e escravo.
Mas saiba, que o vento pode ser evocado.
Basta pensar bem forte,
e soprar meu nome.
Porque o simples sopro dos teus lábios,
é o que basta para que minhas muralhas desabem,
Minhas tempestades recomecem,
Meus tornados, desastres, e tudo que me atormenta volte.
Não entendo porque sou tão ligado em você,
Nem porque Deus quer que eu encare todos estes desafios.
Só sei que vou levando a vida,
seguindo o rumo do vento.
Então, se um dia uma brisa tocar teu rosto,
Pode ser que seja eu pensando em você.
Ou simplesmente a natureza levando seus dias...
E o vento que soprava teus cabelos,
Louvando-os como rainha,
Um dia cessa.
E os cata ventos param de girar.
E tudo que era movimento,
um dia para.
Por isso cuidado meu bem!
Porque um dia se é rei e rainha,
no outro servo e escravo.
Mas saiba, que o vento pode ser evocado.
Basta pensar bem forte,
e soprar meu nome.
Porque o simples sopro dos teus lábios,
é o que basta para que minhas muralhas desabem,
Minhas tempestades recomecem,
Meus tornados, desastres, e tudo que me atormenta volte.
Não entendo porque sou tão ligado em você,
Nem porque Deus quer que eu encare todos estes desafios.
Só sei que vou levando a vida,
seguindo o rumo do vento.
Então, se um dia uma brisa tocar teu rosto,
Pode ser que seja eu pensando em você.
Ou simplesmente a natureza levando seus dias...
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Desabafo
Será que darei conta de tudo?
Tanta responsabilidade, tanta coisa pra fazer,
tanta pressão por resultados.
Falta tanto tempo.
E agora que preciso de coragem,
sinto medo.
Medo porque não sei como vou estar amanhã.
Será que consiguirei?
O peso dos meus sonhos agora cai sobre meus ombros.
FORÇA! CORAGEM! GARRA!
(Só um desabafo bobo).
Tanta responsabilidade, tanta coisa pra fazer,
tanta pressão por resultados.
Falta tanto tempo.
E agora que preciso de coragem,
sinto medo.
Medo porque não sei como vou estar amanhã.
Será que consiguirei?
O peso dos meus sonhos agora cai sobre meus ombros.
FORÇA! CORAGEM! GARRA!
(Só um desabafo bobo).
sábado, 28 de agosto de 2010
Quase
Eu que gosto de café forte,
De música alta,
de pimenta do reino,
de leite com açúcar e Toddy.
Eu que sempre tento tocar extremos,
Ter tudo ou ter nada,
Viver nos limites.
Tenho quase uma vida feliz,
Se não fosse por uns e outros detalhes,
Sou quase um bom amigo,
Se tivesse mais tempo para cultivar amizades.
Sou quase um bom amante,
Se eu não matematizasse tudo.
Fui quase tudo.
Continuo sendo quase.
Não gosto de café quase forte,
Nem de pimenta pouco apimentada,
Não gosto de quase beijos,
Nem de amor quase intenso.
Quero tudo!
Por inteiro!
Mas, sou tudo quase nada.
De música alta,
de pimenta do reino,
de leite com açúcar e Toddy.
Eu que sempre tento tocar extremos,
Ter tudo ou ter nada,
Viver nos limites.
Tenho quase uma vida feliz,
Se não fosse por uns e outros detalhes,
Sou quase um bom amigo,
Se tivesse mais tempo para cultivar amizades.
Sou quase um bom amante,
Se eu não matematizasse tudo.
Fui quase tudo.
Continuo sendo quase.
Não gosto de café quase forte,
Nem de pimenta pouco apimentada,
Não gosto de quase beijos,
Nem de amor quase intenso.
Quero tudo!
Por inteiro!
Mas, sou tudo quase nada.
domingo, 8 de agosto de 2010
Copos
Meu copo está cheio.
O mesmo copo, que há algum tempo,
esteve coberto por teias e poeira.
É que encheram meu copo.
Deixaram a água na boca,
e ela ainda ondula,
e transborda.
Ela escorre na face de vidro,
- que agora é transparente.
Porém um copo cheio,
se quebra mais fácil, do que um copo vazio.
Eu nunca vi um copo colado com super bonder,
Nem mesmo com durepox.
Até porque copos são baratos.
São substituíveis.
E descartáveis.
Copos se parecem com corações.
O mesmo copo, que há algum tempo,
esteve coberto por teias e poeira.
É que encheram meu copo.
Deixaram a água na boca,
e ela ainda ondula,
e transborda.
Ela escorre na face de vidro,
- que agora é transparente.
Porém um copo cheio,
se quebra mais fácil, do que um copo vazio.
Eu nunca vi um copo colado com super bonder,
Nem mesmo com durepox.
Até porque copos são baratos.
São substituíveis.
E descartáveis.
Copos se parecem com corações.
terça-feira, 13 de julho de 2010
Vinho
Me enfastiei de vinho.
Me cansei das conversas,
das novas tendências,
das outras pessoas.
Não suporto levianidades,
não discuto moda,
não tenho interesse em saber
como foi a sua última festa.
Não me soma, saber seu somatório.
Quantos pontos fez na prova,
Com quantos transou na última noite,
ou quantos dias faltam para sua próxima viagem.
Não me sento a mesa para beber cerveja,
com quem já provou que não partilha minhas revoluções.
Na falta de companhia, beberei sozinho.
Antes só do que mal acompanhado.
E chega de vinho!
Desejo me manter longe de tudo isso.
De tudo que pareça superficial,
De tudo isso que é transitório.
De tudo que dure de um segundo a mil anos.
Tenho minhas loucuras, note: minhas.
São minhas, não faço questão que as acate.
Sempre confiei e investi nestas,
e raras vezes fiquei na mão.
Me cansei das conversas,
das novas tendências,
das outras pessoas.
Não suporto levianidades,
não discuto moda,
não tenho interesse em saber
como foi a sua última festa.
Não me soma, saber seu somatório.
Quantos pontos fez na prova,
Com quantos transou na última noite,
ou quantos dias faltam para sua próxima viagem.
Não me sento a mesa para beber cerveja,
com quem já provou que não partilha minhas revoluções.
Na falta de companhia, beberei sozinho.
Antes só do que mal acompanhado.
E chega de vinho!
Desejo me manter longe de tudo isso.
De tudo que pareça superficial,
De tudo isso que é transitório.
De tudo que dure de um segundo a mil anos.
Tenho minhas loucuras, note: minhas.
São minhas, não faço questão que as acate.
Sempre confiei e investi nestas,
e raras vezes fiquei na mão.
sábado, 5 de junho de 2010
Coração
Acho que tenho um coração.
De carne, sangue e algum tipo de sentimento.
Minha fraqueza, perdição.
Meu coração.
De carne, sangue e algum tipo de sentimento.
Minha fraqueza, perdição.
Meu coração.
domingo, 16 de maio de 2010
Mecanismos
Ainda continuo sorrindo,
contando piadas e cantarolando no banheiro.
O problema é o que estou sentindo,
Fica me perseguindo o tempo inteiro.
É essa mania de decifrar sorrisos,
Estudar entonações e interpretar olhares.
Essa mania de matematizar tudo que conheço,
de tornar todas almas vulgares.
Assustei quando descobri,
Que em meio tantas jogadas,
Havia algo que pulsava entre
blefes de cartas, caras ensaiadas.
Espero que meu 'sistema' não rejeite esse 'corpo estranho',
Como tem feito todas as últimas vezes.
Embora seja a forma de deixar o sistema invulnerável,
e ao mesmo tempo frio, matemático, mecanizado.
contando piadas e cantarolando no banheiro.
O problema é o que estou sentindo,
Fica me perseguindo o tempo inteiro.
É essa mania de decifrar sorrisos,
Estudar entonações e interpretar olhares.
Essa mania de matematizar tudo que conheço,
de tornar todas almas vulgares.
Assustei quando descobri,
Que em meio tantas jogadas,
Havia algo que pulsava entre
blefes de cartas, caras ensaiadas.
Espero que meu 'sistema' não rejeite esse 'corpo estranho',
Como tem feito todas as últimas vezes.
Embora seja a forma de deixar o sistema invulnerável,
e ao mesmo tempo frio, matemático, mecanizado.
domingo, 9 de maio de 2010
Amigo Imaginário
Eu ainda acredito nos meus amigos imaginários.
Definitivamente.
Ainda acredito que exista uma amizade ideal.
Amigos daqueles que sempre estarão com você,
Não importa sua cor, sexo ou condição financeira.
Ainda acredito que encontrarei meu amigo imaginário.
Meu amigo que acredito estar em todos meus melhores amigos reais.
Meus amigos reais não estavam presentes nos meus momentos mais tristes.
Meus amigos reais não sabem nem metade dos meus segredos mais confidenciais.
Não sorriram comigo nos meus dias mais felizes.
Não fizeram planos impossíveis, não me convidaram para suas aventuras.
Acho que ou idealizei um amigo imaginário muito distante da realidade,
Ou a realidade é que meus amigos não me tiveram como um amigo.
Já tive muitos amigos, que me adoravam quando precisavam de fazer um trabalho da escola,
E logo depois saíam para o clube com a sua turma de amigos.
Meus melhores amigos são o mais próximo que chego do meu amigo imaginário.
E por isso os tenho com carinho.
Serão para sempre uma parte do meu melhor amigo.
Definitivamente.
Ainda acredito que exista uma amizade ideal.
Amigos daqueles que sempre estarão com você,
Não importa sua cor, sexo ou condição financeira.
Ainda acredito que encontrarei meu amigo imaginário.
Meu amigo que acredito estar em todos meus melhores amigos reais.
Meus amigos reais não estavam presentes nos meus momentos mais tristes.
Meus amigos reais não sabem nem metade dos meus segredos mais confidenciais.
Não sorriram comigo nos meus dias mais felizes.
Não fizeram planos impossíveis, não me convidaram para suas aventuras.
Acho que ou idealizei um amigo imaginário muito distante da realidade,
Ou a realidade é que meus amigos não me tiveram como um amigo.
Já tive muitos amigos, que me adoravam quando precisavam de fazer um trabalho da escola,
E logo depois saíam para o clube com a sua turma de amigos.
Meus melhores amigos são o mais próximo que chego do meu amigo imaginário.
E por isso os tenho com carinho.
Serão para sempre uma parte do meu melhor amigo.
domingo, 18 de abril de 2010
Castigo
Poucos sabem realmente,
como é ser quem escreve sentimento.
É algo tão evasivo, falso,
é tanto fingimento!
Pudera o poeta ter algo para sentir.
Uma emoçãozinha se quer.
Uma palpitação no peito.
Uma falta de ar, um desejo com amor.
Ser poeta é um castigo!
É ser condenado a conviver com a solidão,
Saboreando os prazeres da carne,
- Que são tão passageiros,
quanto esses versos insones.
como é ser quem escreve sentimento.
É algo tão evasivo, falso,
é tanto fingimento!
Pudera o poeta ter algo para sentir.
Uma emoçãozinha se quer.
Uma palpitação no peito.
Uma falta de ar, um desejo com amor.
Ser poeta é um castigo!
É ser condenado a conviver com a solidão,
Saboreando os prazeres da carne,
- Que são tão passageiros,
quanto esses versos insones.
domingo, 14 de março de 2010
Pedra
Não sei o que foi feito de mim.
Eu estava aqui agora pouco,
agora já "estou" outro.
Penso que não sou ninguém,
eu estou alguém.
Quantos de mim ficaram pelo caminho,
E a cada instante vão ficando.
Ainda me lembro quando era um menino,
Corajoso e disposto a mudar o mundo!
Viajar, pisar em terras desconhecidas,
sentir o mais puro amor eterno,
Conquistar o mar e ir ao espaço!
As pessoas sabem pisar nos sonhos alheios.
Ah! E como sabem!
Não as julgo, vivem da realidade
- na sua intrínseca essência.
Mas a realidade é uma pedra.
Seja no caminho ou no acostamento.
A pedra é morta, feia e geométrica.
Da pedra aproveito os sentidos,
Essa incompreensível forma de engolir a vida.
Dançar como os antigos faziam ao som dos tambores,
Tentar o mais próximo possível do êxtase.
Mas depois de tudo, sempre dormimos.
Seja por um tempo ou para sempre.
"Eta vida besta, meu Deus!"
Eu estava aqui agora pouco,
agora já "estou" outro.
Penso que não sou ninguém,
eu estou alguém.
Quantos de mim ficaram pelo caminho,
E a cada instante vão ficando.
Ainda me lembro quando era um menino,
Corajoso e disposto a mudar o mundo!
Viajar, pisar em terras desconhecidas,
sentir o mais puro amor eterno,
Conquistar o mar e ir ao espaço!
As pessoas sabem pisar nos sonhos alheios.
Ah! E como sabem!
Não as julgo, vivem da realidade
- na sua intrínseca essência.
Mas a realidade é uma pedra.
Seja no caminho ou no acostamento.
A pedra é morta, feia e geométrica.
Da pedra aproveito os sentidos,
Essa incompreensível forma de engolir a vida.
Dançar como os antigos faziam ao som dos tambores,
Tentar o mais próximo possível do êxtase.
Mas depois de tudo, sempre dormimos.
Seja por um tempo ou para sempre.
"Eta vida besta, meu Deus!"
terça-feira, 2 de março de 2010
Cachaça
Ei moço, me dá um real?
Que é pra "mim" comprar o gás,
O gás que acabou junto com o sal.
O sal da lágrima, e a pinga aqui atrás.
Ei moço, prova um bocado,
Essa é da boa! Dum alambique mineiro,
É pinga que fala por si e não deixa recado,
Ela fala, chora e até escreve um texto inteiro!
Moço não me deixe aqui sentado,
Aproxime-se um pouco, me conte sobre seu dia.
Não se assuste com meu olhar embriagado,
garanto que não pela cachaça a minha agonia.
A minha embriaguez vem de outras razões.
A minha cachaça chama-se poesia.
O seu dinheiro foi dado sem emoções,
Mas aqui estou, meu caro, a quebrar tua monotonia.
Que é pra "mim" comprar o gás,
O gás que acabou junto com o sal.
O sal da lágrima, e a pinga aqui atrás.
Ei moço, prova um bocado,
Essa é da boa! Dum alambique mineiro,
É pinga que fala por si e não deixa recado,
Ela fala, chora e até escreve um texto inteiro!
Moço não me deixe aqui sentado,
Aproxime-se um pouco, me conte sobre seu dia.
Não se assuste com meu olhar embriagado,
garanto que não pela cachaça a minha agonia.
A minha embriaguez vem de outras razões.
A minha cachaça chama-se poesia.
O seu dinheiro foi dado sem emoções,
Mas aqui estou, meu caro, a quebrar tua monotonia.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Fim
Ela estava por aqui.
Veio ver as máscaras do carnaval,
Me deixou assim que saí.
Curioso como tudo tem um final.
Veio assim como quem não quer nada,
Inspirou suspiros de amor, de paixão,
Chegou abalando a alma recalcada,
Beijou o poeta, e depois disse não.
Ah, deixai que ela volte em intenção!
Permitirei que me provoque novamente.
Dela privarei meu coração,
Provarás do meu demônio incipiente.
E no fim, - mais uma vez o fim!
Essa estranha forma de Deus brincar,
Terminando tudo que existe assim.
- Acho que o Fim só não existe para o mar!
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Poema Feio II
Estranho o meu coração,
Que na noite quer o dia,
e durante o dia: a escuridão.
Estranha também é essa vida!
Assemelha-se a um navio sem rota,
Um labirinto sem saída.
A vida é uma mulher pelada vestida.
Que na noite quer o dia,
e durante o dia: a escuridão.
Estranha também é essa vida!
Assemelha-se a um navio sem rota,
Um labirinto sem saída.
A vida é uma mulher pelada vestida.
domingo, 17 de janeiro de 2010
Poema Feio
Aos poucos vou perdendo,
Um pouco de tudo.
E de pouco em pouco,
Não terei "tudo" para perder.
No meu circo já não tem palhaço,
porque pra ele já não tem mais riso.
No meu hospício não tem mais loucos,
porque pra eles já não tem salvação.
No meu inferno não existem demônios,
cansaram-se da falta de ação.
No meu quadro, não tem mais cor.
No meu violão, não sai som.
No meu poema, não tem amor.
Na minha voz, não tem tom.
Um dia meu tudo acaba.
Um dia canso de brincar de ser forte.
Por ora, sou insistente.
Um pouco de tudo.
E de pouco em pouco,
Não terei "tudo" para perder.
No meu circo já não tem palhaço,
porque pra ele já não tem mais riso.
No meu hospício não tem mais loucos,
porque pra eles já não tem salvação.
No meu inferno não existem demônios,
cansaram-se da falta de ação.
No meu quadro, não tem mais cor.
No meu violão, não sai som.
No meu poema, não tem amor.
Na minha voz, não tem tom.
Um dia meu tudo acaba.
Um dia canso de brincar de ser forte.
Por ora, sou insistente.
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